Fábulas de La Tatite
Contam que lá pelos idos dos anos 2000, numa zona rural do interior do Brasil, havia um moleque nojento e pamonha, que era mantido na fazenda somente por ser filho de caseiros bastante estimados pelo patrão. Mas se via que, desde cedo, o garoto não prestava, fazendo seus pais perderem a cabeça sem conseguir endireitá-lo nem um tico.
O moleque inicialmente era dado a comer as galinhas – comer no sentido de foder –, depois passou a molestar os cães, progrediu com grande prazer para ovelhas até se apaixonar por uma mula com a qual deveria ter parado sua evolução.
Acontece que o desejo nunca tem fim, e naqueles dias ele refletia consigo – se é que um energúmeno daqueles refletisse algo: se as cadelas eram melhores que as galinhas, as ovelhas que as cadelas, e minha querida mula melhor do que tudo, como seria catar logo a filha do patrão, aquela potranca gostosa...
Zapt-zupt, na primeira oportunidade, lá foi ele estuprar a filha do patrão, moça de dezenove anos que, de fato, era muito bela e apetitosa. Empunhando um enorme facão, surpreendeu a dita cuja dentro da própria casa. O garoto, sempre com aquele sorriso débil na boca sem dentes, ordenou-lhe que tirasse a roupa. Em seguida, completou: queria ver se uma fêmea é realmente melhor que sua mula. A menina não era boba, sabia que o crápula não tinha o menor juízo e mantinha a calma enquanto buscava uma solução.
Então ela falou: “Geginaldo, tudo isso é muito triste pra mim, mas não posso fazer nada. Já que vou ser estuprada, o melhor é relaxar e dar a você o que você quer, e tentar também tirar algum proveito disso. Você é um rapaz bonito, por isso quero fazer com você aquilo que eu faço com meus namorados”. “E o que é, dona Rosita?”. “Vou passar um creminho da hora na xoxota pra você me chupar todinha.” “E é bom, Dona Rosita?” “É o que há de melhor. Você não entende de mulher, eu vou ensiná-lo.”
Tirando a roupa, pegou o tal creminho e deitou na cama com as pernas escancaradas. O jegue nunca havia tido uma visão mais maravilhosa na vida, mas ainda assim se conteve para acabar de ouvir a instrução da sua professora. “Olhe, Geginaldo, eu vou passar o creminho gosmento e geladinho, mas você tem de lamber tudo e engolir fundo no ato, senão jamais sentirá o verdadeiro gosto do prazer”.
E assim fez, tão logo viu o moleque ajoelhado em suas pernas, pronto para atacar. Acontece que o creminho era uma cola conhecida na época como Super-Bonder, dessas que tudo cola instantaneamente. Ela despejou todo o tubo ali, no tufo de pelos, e mal sentia a goma escorrer já o linguarudo mamou aquilo de vez. E engoliu. Só teve tempo de ponderar: “não gostei, dona Rosita”.
E tudo nele grudou: lábios, língua, goela, o danado ficou num desespero tal que nem podia agir contra a menina que já havia pulado da cama e corrido, pedindo socorro. Quando os primeiros lá chegaram, encontraram o corpo do moleque bronco mortinho da silva.
Assim é a vida, meus filhos, é preciso ter limites. Quem não tem cão casa com gato ou galinha, mas não com animal mais distinto.
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Bico de pena, guache e pastel (20x24,5 cm) |
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